Renato Ferraz Kehl foi um eugenista militante, fundador da
Sociedade Eugênica de São Paulo, em 1918. Para quem não sabe, a eugenia foi uma
doutrina de grande influência no início do século XX, e propunha a
esterilização eugênica dos “degenerados”, o controle matrimonial e reprodutivo
e a seleção racial dos imigrantes, entre outras coisas. Kehl foi um grande
admirador da política eugênica de Hitler, que elogiou publicamente, e que
resultou numa das tragédias mais tristes da história da humanidade. Boa parte
do livro é uma apologia desenfreada da eugenia. Optei por pular essa parte e ir
direto ao que interessa: as 15 regras para a escolha de um bom marido, que
serão publicadas periodicamente, com a ortografia original. Façam bom proveito.
REGRA II
Tenha sempre em vista a ascendencia familiar do par que vai escolher
Não se esqueça que os que se casam não desposam unicamente um ser, mas em certa medida os seus ascendentes. Só se pode contar com um par de valor eugenico quando os ascendentes tambem o forem. Os dotes fisicos como os intelectuais e do coração constituem legados de família. Tanto se herdam as boas como as más disposições. Uma pessoa aparentemente sadia pode possuir uma herança pessima, susceptivel de manifestar-se de maneira deploravel nos filhos. Não despose, pois, nem mesmo uma pessoa sadia que pertença a uma familia doente. Examine o pai, a mãe, os irmãos, os tios, os avós, se quiser conhecer a espeficidade hereditaria do seu candidato. Só examinando a parentela se poderão evitar as grandes e tristes surpresas, muitas vezes irremediaveis para o casal e para a progenie.